PAULO FREIRE
Paulo Freire foi perseguido pelo regime militar no
Brasil. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na
América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime
militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.
O educador apresentou uma síntese inovadora das
mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o
existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o
materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o
ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos
e militantes políticos.
A partir de suas primeiras experiências no Rio
Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45
dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado
primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao
nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.
A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe
militar de 31 de março de 1964. Acusado de subversão, ele passou 72 dias na
prisão e, em seguida, partiu para o exílio. No Chile, trabalhou por cinco anos
no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Nesse período, escreveu o
seu principal livro: Pedagogia do Oprimido (1968).
Em 1969, lecionou na Universidade de Harvard
(Estados Unidos), e, na década de 1970, foi consultor do Conselho Mundial das
Igrejas (CMI), em Genebra (Suíça). Nesse período, deu consultoria educacional a
governos de países pobres, a maioria no continente africano, que viviam na
época um processo de independência.
No final de 1971, Freire fez sua primeira visita a
Zâmbia e Tanzânia. Em seguida, passou a ter uma participação mais significativa
na educação de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. E também
influenciou as experiências de Angola e Moçambique.
Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao
Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra:
Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no
Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina.
Freire teve cinco filhos com a professora primária
Elza Maia Costa Oliveira. Após a morte de sua primeira mulher, casou-se com uma
ex-aluna, Ana Maria Araújo Freire. Com ela viveu até morrer, vítima de infarto,
em São Paulo.
Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire recebeu prêmios como:
Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (da
Organização dos Estados Americanos, 1992).
VERA MARIA CANDAU
Vera Maria Candau é
graduada em Licenciatura e Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro. Atualmente professora titular da mesma e Doutorada e Pós-
doutorada em Educação pela Universidad Complutense de Madrid.
Desenvolve um trabalho
assessorando experiências e projetos sócio-educativos no país e no âmbito
internacional, em particular nos países latino-americanos. Tem uma grande
experiência de ensino desde a escola básica aos cursos de licenciatura,
mestrado e doutorado. Coordena um grupo de Pesquisas sobre Cotidiano, Educação
e Cultura(s), pelo qual tem desenvolvido sistematicamente pesquisas sobre as
relações entre educação e cultura(s). Atua nas principais Áreas: educação multi
/ intercultural, cotidiano escolar, educação em direitos humanos e formação de
educadores.
Suas Principais Obras
Publicadas:
Reinventar a Escola: Análise crítica sobre o novo
papel da escola, local de visão plural e histórica do conhecimento, da ciência,
da tecnologia e das diferentes linguagens. Doze textos que discutem o universo
escolar de hoje e propõem sua transformação em espaço reflexivo.
Sociedade, Educação e Cultura: A preocupação central do livro é a de
promover a reflexão sobre as complexas relações entre educação e cultura(s) na sociedade atual,
marcada por fenômenos como globalização, pós-modernidade, novas tecnologias da
informação, multiculturalismo e exclusão social. Além de discutir os novos
desafios provenientes das tensões socioculturais, pretende oferecer elementos
para se trabalhar esta problemática no contexto escolar
Rumo a uma nova Didática: Com Ampla
Bibliografia e Abordagem Cientifica, o Livro Trata de Questões Como: Revisão
Analise de Programa, Formação de Professores, Profissionalização, Etc.
Educação Intercultural na América
Latina: integra o projeto de pesquisa do Grupo de Estudos Sobre o Cotidiano,
Educação e Cultura (GECEC), vinculada ao Departamento de Educação da PUC- Rio.
Os textos reunidos registram conclusões e reflexões que surgiram ao longo do
projeto do grupo que, desde 2006, analisa a gênese histórica e a problemática
atual das relações entre interculturalidade e educação na América Latina.
Tecendo a cidadania: Colabora na Construção de uma Pratica Educativa Calcada na Participação e no Dialogo, Onde o Cotidiano Escolar Esteja Permeado Pela Pratica dos Direitos Humanos.
Tecendo a cidadania: Colabora na Construção de uma Pratica Educativa Calcada na Participação e no Dialogo, Onde o Cotidiano Escolar Esteja Permeado Pela Pratica dos Direitos Humanos.
ILMA PASSOS
Ilma Passos é licenciada em Pedagogia e em educação Física, mestre em Currículo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutora e pós-doutora em educação pela UNICAMP. É professora emérita da Universidade de Brasília (UnB), professora titular da Faculdade de Educação e Saúde do centro universitário de Brasília (UniCeub) e pesquisadora sênior do CNPq.
Principais Obras da autora:
- Projeto Político Pedagógico: Educação Básica e Educação Superior, Docência: Uma construção ético-profissional
- Lições de Didática
- Currículo e Avaliação na Educação Superior, Aula: Gênese, dimensões, princípios e práticas
- Profissão docente: Novos sentidos e novas perspectivas
Ilma Passos é licenciada em Pedagogia e em educação Física, mestre em Currículo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutora e pós-doutora em educação pela UNICAMP. É professora emérita da Universidade de Brasília (UnB), professora titular da Faculdade de Educação e Saúde do centro universitário de Brasília (UniCeub) e pesquisadora sênior do CNPq.
Principais Obras da autora:
- Projeto Político Pedagógico: Educação Básica e Educação Superior, Docência: Uma construção ético-profissional
- Lições de Didática
- Currículo e Avaliação na Educação Superior, Aula: Gênese, dimensões, princípios e práticas
- Profissão docente: Novos sentidos e novas perspectivas



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